sábado, dezembro 13, 2008

Magnificat

O evangelista Lucas relata que Maria ficou completamente atônita (Lc.1:29) ao receber o anúncio do anjo Gabriel. Não era para menos! Ele disse que ela iria conceber e seu filho receberia três títulos: “Jesus”, que significa ‘Jeová salva’, “Filho do Altíssimo”, título reconhecidamente messiânico (Sl.2:7-8) e “Rei”, sendo que seu reino duraria para sempre. Mais ainda, o anjo lhe informou que ela seria ‘mãe’ mesmo sendo virgem e ainda não tendo terminado o período de 1 ano de noivado que antecedia o casamento. Diante de tamanha revelação e privilégio, ela compõe um cântico em louvor a Deus: o Magnificat de Maria.
Apesar da experiência de Maria ser única, sob vários aspectos é também a experiência (ou deveria ser...) de todo o cristão. O Deus que fez grandes coisas por ela também tem derramado Sua maravilhosa graça sobre nós! No v.50 ela afirma que a “misericórdia de Deus se estende aos que O temem, de geração em geração”.
Maria também canta sobre o poder de Deus invertendo os valores na vida daqueles que temessem o Messias:
1) Ele destronaria os poderosos e exaltaria os humildes. Historicamente fez isso com Faraó e Nabucodonozor, mas também se trata da maneira como Ele continua agindo na vida daqueles que se arrependem humildemente diante dEle;
2) Ele despede os ricos opressores de mãos vazias e aos famintos Ele enche de coisas boas. A esperança judaica de um rei justo e bom cumpriu-se no ministério de Jesus, e continua estendendo-se sobre o Seu povo espalhado por toda a terra, até que um dia não haverá uma só cidadezinha neste planeta onde as coisas não sejam feitas à maneira de Deus: “justiça, paz e alegria”.
Se desejamos receber as mesmas bênçãos que Maria recebeu, as qualidades que estavam presentes nela também precisam nascer em nós, principalmente duas: a) seu espírito humilde, através do qual ela submeteu-se a vontade de Deus mesmo vislumbrando o desafio de tornar-se personagem de uma história sem paralelo na caminhada humana, logo, sabia que seria alvo de controvérsias; b) mas também sua fome e sede das coisas espirituais e sua disposição de ser usada por Deus, as quais a mantiveram atenta e receptiva ao mover do Santo Espírito em sua vida.Que neste natal também estejamos grávidos da vida de Deus, e assim como Maria, sejamos os veículos do Altíssimo para trazer à luz, perante este mundo, as manifestações do poder, do caráter, da justiça e acima de tudo, do amor do Nazareno!!!

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