sábado, novembro 01, 2008

Falta De Recursos

Vivemos num tempo de escassês, tanto material como moral. O primeiro tipo tem sido defendido amplamente, portanto não vou gastar tempo aqui. O segundo tipo de pobreza, a falta de valores, tá apanhando feio no canto do ringue, e aqui saio a defendê-la.
Lembro-me de ter recebido algum ensino de moralidade no ensino médio (na época 2º grau...) por meio de duas matérias: Moral e Cívica e Estudo dos Problemas Brasileiros ou Estudos Sociais. Não me lembro de nada das duas, apenas que eram minhas aulas mais chatas. Com ambas extintas, formou-se ou apenas oficializou-se um vácuo no ensino moral nos currículos de nossas escolas brasileiras.
Hoje, por meio dos novos PCN’s (Parâmetros Curriculares Nacionais), o MEC (Min. de Educação e Cultura) órgão educacional do Governo Brasileiro, tem tentado resgatar o grande prejuízo na formação moral de gerações. Voltou-se a falar que não queremos apenas um cidadão competente, mas também uma pessoa moralmente equilibrada.
Carecemos de inteligência moral. Nossos jovens e outros tantos já adultos sofrem de analfabetismo de moralidade. A inteligência não foi treinada para o bem e a educação nos últimos anos não trabalhou para desenvolver a consciência dos valores fundamentais desejáveis. Segue-se o "raciocínio situacional", ou seja, define-se o que é o moralmente correto de acordo com aquilo que for o melhor para cada um. “Cada cabeça uma sentença”, alguém diria.
Numa sociedade democrática e plural, não adiante tentar resolver esta situação com a imposição de valores. É necessário dialogar, convencer racionalmente e acima de tudo sermos um exemplo de pessoas moralmente saudáveis e felizes.
Não poucos têm a idéia errada de que os mandamentos da Bíblia só servem para nos fazer infelizes. Pensa-se em Deus como “o-grande-estraga-prazeres-do-universo”. Entretanto, se Cristo era realmente quem disse que era - Deus encarnado - toda sua vida, ética, conduta e posicionamentos são a manifestação mais pura daquilo que de fato é a realidade. Sendo Deus, seus pensamentos eram perfeitos e sua conduta, o caminho para uma vida feliz. Logo, imitar a Cristo é a estratégia para uma vida sábia e impregnada de sentido e significado.
Os maiores problemas de nossa sociedade não são “técnicos-instrumetais”, mas morais. A questão não é a falta de conhecimento, mas de caráter e coração. Estamos tropeçando, enquanto humanidade, no mal funcionamento de nossa inteligência moral. Ainda aposta-se na corrupção, orgulho, individualismo, na maledicência, na utilização errada da sexualidade, na dificuldade para perdoar, etc, como “atalhos para a felicidade”.
Somos seres morais e enquanto negarmos isto, estaremos rumando para os abismos de uma vida na qual nunca experimentaremos satisfação. Ninguém mais agüenta o “moralismo imposto” sob a ameaça de um Deus que manda para o inferno. Temos que resgatar que Cristo não era apenas “bonzinho e religioso”, mas também uma mente perfeita na análise da realidade. Ouví-lO e obedecê-lo não tem a ver apenas com ser “religioso”, mas inteligente e sábio. Os princípios que Ele ensinou e viveu são guias seguros para uma vida que experimentará felicidade acima da média. Os recursos morais de que nossa sociedade desesperadamente precisa, encontram-se em abundância nas riquezas de Cristo.

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