sábado, novembro 01, 2008

Independência Moral

Virou moda no discurso de nossos políticos o termo “choque administrativo”, que significa uma série de medidas organizacionais visando um melhor funcionamento do aparelho público, ou seja, mais resultados com menos gastos. Concordo, mas também entendo que necessitamos urgentemente de políticos dispostos a empreenderem um choque ético ou moral na vida pública de nossa nação.
Nosso problema fundamental não é a incompetência, fruto de mal preparo ou desconhecimento teórico. É claro que esta questão também existe, mas afirmo: não é nosso principal problema! Vivemos uma época de analfabetismo moral! Nossos problemas não estão na defasagem do raciocínio, mas sim do caráter e dos valores fundamentais que deveriam ornar a conduta de cada cidadão. O conhecimento moral está desaparecendo!
É claro, moralismo é algo indesejável. Um mero “kit” de regras e proibições fomentará ainda mais o comportamento contrário. Não precisamos de “ditadores” morais, mas de homens públicos que sejam “educadores de valores” por meio da conduta pública e particular.
No próximo mês elegeremos homens e mulheres para cargos da vida pública municipal. Urge compreendermos que a competência administrativa é apenas um dos quesitos que deveriam levar nosso dedinho a apertar “CONFIRMA” na urna eletrônica. Projeto político é importante conhecer sim, mas o projeto pessoal de vida também. “Quem é o candidato?; Como lida com sua família? O que as pessoas mais próximas dele dizem?” São questões também fundamentais para escolhermos nossos candidatos. Pelo menos deveria.
Sócrates, filósofo grego, afirmou: “Todas as instituições humanas, de ensino, da política, do estado, etc., são ramos da ética, pois todas têm alguma coisa a ver com a atuação do homem dentro da sociedade”. Isso é sério e verdadeiro. Nossos filhos não são formados moralmente apenas pelas instituições nas quais estão diretamente inseridos (escola, igreja, etc.). Há um contexto maior de instituições que também moldam o caráter de nossos jovens (estado, município, agremiações esportivas, etc.).
Oxalá, neste 7 de setembro estejamos levantando um clamor aos céus pela vida moral de nossa nação. A Bíblia diz que “todo aquele que comete pecado é escravo do pecado”. Que a independência de nossa nação não seja meramente política, mas que também possamos ver levantarem-se na vida pública de nossa nação homens honrados, com decência moral, respeitados por sua família e por todos de seu convívio íntimo. Afinal, governará bem um povo aquele a quem nem a própria família e amigos respeitam?

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